Vereadores de Nova Iguaçu querem reapreciar as contas do ex-prefeito Lindberg do ano de 2009 que já foram aprovadas pelo Tribunal de Contas, Ministério Público e pela própria Câmara. Lindberg vai recorrer na justiça.
Um fato inusitado tomou conta das discussões na Câmara Municipal de Nova Iguaçu nesta semana. Na sessão da última terça-feira, dia 15/04, os vereadores votaram uma proposição da Comissão de Orçamento e Finanças, que opina pela revisão das contas do ex-prefeito Lindberg Farias do ano de 2009.
O mais curioso e estranho é que as contas ex-prefeito, hoje senador da República e pré-candidato a Governador do Estado, já foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), com parecer favorável do Ministério Público. Ato seguinte, estas mesmas contas foram enviadas à Câmara Municipal de Nova Iguaçu, obtendo parecer favorável da Comissão de Orçamento e Finanças, Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, por unanimidade de seus membros e logo em seguida aprovada pela maioria dos vereadores em sessão plenária no ano de 2012, dando origem a publicação um Decreto Legislativo confirmando a aprovação e arquivando o processo.
Em seu discurso da tribuna da Câmara, o vereador Carlos Ferreira, o Ferreirinha, líder da bancada do PT, reprovou integralmente a tentativa da maioria dos membros da Comissão de Orçamento: "Apresentei voto em separado pela manutenção das contas já aprovadas do ex-prefeito Lindberg Farias. Não tem o menor cabimento reapreciar algo que, em todas as instâncias já foi examinado, votado e aprovado, pelo TCE-RJ, MP, pela Comissão de Orçamento e pelo Soberano Plenário desta Corte Legislativa. Isso só pode ser perseguição ao ex-prefeito", disse o vereador.
Ao Jornal Extra Lindberg se mostrou perplexo com tamanho disparate: "Querem dar um golpe. É mais uma tentativa do PMDB. Judicialmente não existe anular algo aprovado pelo Tribunal de Contas e pela própria Câmara dos Vereadores, após parecer prévio do TCE e do Ministério Público. Vou recorrer na justiça e tenho certeza que vou ganhar", explicou Lindberg.
O advogado de Lindberg, Dr. Bruno Calfat declarou que a aberração jurídica é tão gritante que configura ato de improbidade dos membros da Comissão, merecendo ser investigada pelas autoridades competentes.
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