Mais Médicos: Barrados pela burocracia – Sem registro, médicos são impedidos de trabalhar
Profissionais formados no exterior ficam parados, e filas se acumulam nos postos de saúde
Os Conselhos Regionais de Medicina ainda resistem a conceder autorização de trabalho, apesar da determinação do Ministério da Saúde; dos 631 profissionais inscritos no programa federal que pediram documento, só 13% conseguiram.
De norte a sul do Brasil, a cena foi a mesma: médicos formados no exterior chegaram para o trabalho no programa Mais Médicos, mas não puderam atender ninguém porque os Conselhos Regionais de Medicina não concederam os registros provisórios. Sem o documento, eles não são autorizados a clinicar. Enquanto isso, em cidades como Barras, no Piauí, que não tinha médicos e recebeu dois cubanos, filas se acumulavam no posto de saúde.
Médica uruguaia em Queimados |
Em Queimados, na Baixada Fluminense, há unidades sem médicos há seis meses. Os profissionais se limitaram a conhecer os locais de trabalho e tentam traçar um perfil das doenças mais comuns em suas regiões. Segundo o Ministério da Saúde, dos 631 profissionais do programa que pediram registro, só 87 (13%) receberam até ontem. O dia foi o ápice de uma batalha que se arrasta há dias: os Conselhos Regionais resistem a dar o registro, apesar da determinação da União e do apelo recente do Conselho Federal de Medicina. (Do Jornal O Globo).
Nota: É o império da burocracia, do corporativismo em detrimento do preocupar-se com a vida, com a pessoa, com o ser humano. É compreensível que muitos médicos brasileiros não queiram trabalhar nos lugares mais distantes, mais vulneráveis. É um direito. Agora, impedir que médicos estrangeiros ocupem essas vagas e trabalhem nesses lugares, cuidando de quem necessita, é, no mínimo, desumano. Na semana passada a Câmara Municipal de Nova Iguaçu aprovou Moção de Apoio ao Programa Mais Médicos.
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