Violência sexual: Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis detém 11% dos registros de estupro de todo o Estado

O Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgou esta semana uma estatística nada digna para a Baixada Fluminense, sobretudo para Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis. Segundo a pesquisa, estas três cidades, que tem cerca de 589 km2 e perto de 1 milhão e 200 mil habitantes, foram recordistas em registros de estupros no ano passado. Se comparados com 2010, os três municípios registram aumento de 19% em 2011, enquanto o número de registro no estado teve aumento de 3%. Embora exista três Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher na região, o que facilita o registro do caso, fica evidente a situação de calamidade da política de segurança pública na Baixada. "O baixo efetivo de policiais nos batalhões e delegacias da região dá a sensação de impunidade. Parece que o povo não tem com quem contar. Daí o aumento de variadas modalidades de crimes na região", afirma o vereador Carlos Ferreira, o Ferreirinha (PT), membro da Comissão de Segurança Pública, Cidadania e Direitos Humanos da Câmara Municipal.

A pesquisa também revela que o alvo preferido dos criminosos são mulheres e menores de idade. Entre as crianças e adolescentes, 80,5% eram meninas e a maior parte dos agressores eram pessoas do convívio familiar das vítimas. De acordo com o ISP, os agressores são homens entre 17 e 65 anos.

Na opinião da professora Jaqueline Lopes, na maioria dos casos, quem estupra quer mostrar poder em relação à vítima. "A criança deve ser estimulada a contar sobre o abuso para alguém de confiança dela. Se o agressor estiver dentro da família, o apoio da mãe é fundamental. E ela deve procurar ajuda da polícia para afastar o agressor do lar, do ambiente de convívio", orienta ela, que também é sexóloga e leciona psicologia forense na Pós-Graduação em Direito Especial da Criança e do Adolescente na Uerj.

Fonte de pesquisa: ISP e Jornal O Dia